Quando faço aquela andança
Sempre me vem na lembrança
O rancho que se esconde
O rancho das Sete Vidas
Sete vidas que ali se foram
Que não eram de gato
Não eram de choro
Sete vidas
Que com três são vinte uma
Sete vidas que a esperança
Aguça meu pesamento
E me traz a lembrança
A vida da donzela
Que esperava como sentinela
O amor perdido
A vida da criança
Que com doce esperança
Contava sobre a lembrança
A querida avó
Que ali a criou
Com muita garra lutou
Do combatente pai
Que com tanta força
Fez a casa que ali cai
Da querida mãe
Que com todo deleite
Da vaquinha tirava leite
O velho avô
Que ali seus filhos criou
E por este rancho ficou
Por que não falar
Do novo genro
Que chegou
E animou o terreno
Rancho das Sete Vidas
Dos sete destinos que ali passaram
Que vinte um se tornaram
Quando passar sua porteira
Que a velha paieneira
Me encha com alegria
Por que ali um dia
A felicidade ficou plantada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário